A literatura infantil é de fundamental importância para auxiliar as crianças hospitalizadas, pois, através da imaginação ela passa a navegar na história fazendo com que estas crianças consigam amenizar a dor da enfermidade que tanto lhe debilita nos momentos de ócio. Promovendo desta forma, a estes momentos de desocupação mesmos que por alguns instantes o esquecimento da dor e do sofrimento que estão vivenciando.
Viegas (2008) nos relata que:
Tirando a ênfase predominante do combate a doença em si, esta visão amplia consideravelmente a ótica de recuperação: privilegia um espaço que favorece a criança expressar de forma simbólica seu sofrimento, ao mesmo tempo em que representa e vivencia do que tem mais saudável em si, seu apego à vida, sua alegria em fazer algo seu, de forma prazerosa e espontânea. (VEIGA, 2008, p. 28)
O pedagogo no hospital se defronta intensamente com diversas situações que envolvem sensações e emoções que devem ser trabalhadas de forma delicada auxiliando ao acolhimento da criança no ambiente hospitalar, a literatura infantil promove o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais, onde oportunizarão o seu bem estar possibilitando transformar os momentos de dor em aprendizagem e descontração. Lajolo (2002, p 168) salienta que “A literatura sempre foi e continua sendo uma poderosa linguagem que formata a fantasia e o imaginário das pessoas. Ela cria desejos e cria necessidades. Por isso ela é tão freqüente objeto de censura. ‘Ela faz a cabeça’.”
A ludicidade é a brincadeira em si de forma alegre e divertida onde segundo Vigotsky (citado por Almeida, 1994) a mesma possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas faz de conta como ainda nas que exigem regras. Além do mais as crianças consegue resolver situações complexas ao fazer de conta imitando e recriando a realidade como: sensação de dor, medo, perda, luta com o bom e o mau herói protegendo vitimas inocentes etc, na simples naturalidade do brincar.
As crianças necessitam brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras no ambiente hospitalar é essencial para amenizar o momento de sofrimento que cada criança se encontra, seja na sala de espera, realização de curativo, exames, internamento, entre outros.
Fonseca (2003, p. 8) acredita que esse tipo de atendimento “mesmo que por um tempo mínimo, e que talvez pareça não significar muito para uma criança que atende a escola regular, tem caráter importantíssimo para a criança hospitalizada.”
Como resultado da luta do homem pela sobrevivência, e devido a tantas transformações, a sociedade tem-se desenvolvido em tecnologia de ponta e a solidariedade entre os sujeitos é meramente baseada em interesses (Durkeim, 1895), acentua Chalita (2002) que
Em um mundo onde a violência grassa cada vez mais, onde a agressividade é absolutamente assustadora, a solução não está em mais agressividade, nem em armamentos modernos (...). Em um mundo onde a criança, o jovem, o idoso são desrespeitados, onde a liberdade dá lugar à servidão, onde milhares passam fome e vivem à mercê da caridade dos outros (...). Em um mundo onde se atingiram patamares de excelência na robótica e na ciência, na revolução cibernética e na evolução da informação mais não conseguiu entender o humano, a solução está no afeto. (CHALITA, 2002, p. 260)
Se pararmos para refletir qualquer tipo de relação – relação professor-aluno, relação aluno-aluno ou qualquer outra relação interpessoal – o afeto se faz presente. A afetividade é um termo abrangente que inclui as relações afetivas – sentimento, paixão, emoção – relacionadas e muitas vezes confundidas (Almeida, 1992).
O afeto é o ponto de partida para o desenvolvimento infantil, é por ele que as crianças, no ambiente hospitalar, tendem a demonstrar medo, incertezas, receios, angústias. As crianças já levam consigo experiências próprias que as tornam inteligentes, o pedagogo deve ajudá-las a construir conhecimentos a partir dessas experiências incluindo entre os intentos de sua ação pedagógica, o afeto.
Aquisição de conhecimentos e afetividade caminham juntas, cabe ao educador envolver o afeto em sua prática docente tornando o hospital um espaço aberto para que todos possam se comunicar, se sentir, se tocarem, trocar idéias, demonstrar sentimentos e se perceberem como peças fundamentais para o bom funcionamento de toda a engrenagem que move o destino da humanidade.
Atualmente, a pedagogia hospitalar como processo pedagógico é uma realidade no vasto leque de atuação do pedagogo na sociedade contemporânea. Em muitos casos, funciona em parceria entre hospital e instituição escolar, preservando a continuidade no desenvolvimento da aprendizagem, através de metodologias diferenciadas que respeitem o quadro clínico do paciente, considerando que práticas pedagógicas hospitalares como assessoria ao desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, constituem-se como uma natureza transformadora que busca tornar a vida dessas pessoas mais dinâmicas e prazerosas.
Andrade (2009), ao discorrer sobre a atuação do pedagogo diz que:
A prática do pedagogo na Pedagogia Hospitalar poderá ocorrer em ações inseridas nos projetos e programas nas seguintes modalidades de cunho pedagógico e formativo: nas unidades de internação; na ala de recreação do hospital; para as crianças que necessitarem de estimulação essencial; com classe hospitalar de escolarização para continuidade dos estudos e também no atendimento ambulatorial. A Pedagogia Hospitalar busca modificar situações e atitudes junto ao enfermo, as quais não podem ser confundidas com o atendimento à sua enfermidade. Isso exige cuidado especial no desenvolvimento das atividades.
Partindo dessas considerações, pode-se constatar que todos nós em determinadas situações da vida escolar, passamos por diversos momentos de enfermidades, cujas necessidades requerem caráter especializado da escola e especialmente do professor, onde proporcionará ao aluno meios de acesso ao currículo escolar. Para isso, é preciso que o professor conheça a realidade em que o paciente-aluno se encontra para desenvolver as atividades propostas de acordo com o potencial de cada um.
Segundo Piaget (1993), o indivíduo está constantemente interagindo com o meio em que está inserido e dessa interação resulta uma mudança contínua decorrente dessa constante interação com o meio. Neste sentido, é no processo de construção do conhecimento e na aquisição de saberes que o pedagogo faz com que o aluno doente, seja motivado a desenvolver sua aprendizagem e ao mesmo tempo superar as dificuldades que sentem em assimilar o conhecimento adquirido.
Com base nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001), os serviços de apoio pedagógico especializado envolvem professores com diferentes funções:
· Classes comuns- Serviços que se efetiva por meio do trabalho de equipe, abrangendo professores das classes comuns e da educação especial, para o atendimento as necessidades educacionais especiais dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem.
· Salas de recursos- Serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado. Realizam-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados as necessidades educacionais dos alunos.
· Itinerência- Serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por professores especializados que fazem visitas periódicas as escolas que trabalham com os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino.
· Professores intérpretes- São profissionais especializados para apoiar os alunos surdo-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos de comunicação e sinalização.
· Classe hospitalar- Serviço destinado a prover, mediante atendimento especializado, a educação escolar a alunos impossibilitados de freqüentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar ou atendimento ambulatorial.
· Ambiente hospitalar- Serviço destinado a viabilizar, mediante atendimento especializado, a educação escolar de alunos que estejam impossibilitados de freqüentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique permanência prolongada em domicílio.
Assim, o objetivo do atendimento pedagógico hospitalar, como consta no art. 13° s Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001), é estimular a aquisição de novas competências e habilidades contribuindo assim, para “a continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem dos alunos matriculados em escolas de Educação Básica, contribuindo para seu retorno ao grupo escolar, além de desenvolver currículo flexibilizado com crianças, ainda não matriculadas no sistema educacional local”, facilitando o posterior acesso do indivíduo hospitalizado a escola.
Para atuar no atendimento pedagógico hospitalar o professor deverá ter a formação pedagógica, preferencialmente em Educação Especial ou em curso de Pedagogia, uma vez que essa prática possibilita ao pedagogo enriquecer sua competência profissional e seu comprometimento no âmbito político pedagógico. Seu trabalho é muito importante, pois atende as necessidades psicológicas, sociais e pedagógicas da criança, entretanto, essa prática requer mais do que uma qualificação profissional, é preciso ter sensibilidade, compreensão, força de vontade, criatividade, persistência e muita paciência para atender a esse público especial.
A literatura infantil é de fundamental importância para auxiliar as crianças hospitalizadas, pois, através da imaginação ela passa a navegar na história fazendo com que estas crianças consigam amenizar a dor da enfermidade que tanto lhe debilita nos momentos de ócio. Promovendo desta forma, a estes momentos de desocupação mesmos que por alguns instantes o esquecimento da dor e do sofrimento que estão vivenciando.
Viegas (2008) nos relata que:
Tirando a ênfase predominante do combate a doença em si, esta visão amplia consideravelmente a ótica de recuperação: privilegia um espaço que favorece a criança expressar de forma simbólica seu sofrimento, ao mesmo tempo em que representa e vivencia do que tem mais saudável em si, seu apego à vida, sua alegria em fazer algo seu, de forma prazerosa e espontânea. (VEIGA, 2008, p. 28)
O pedagogo no hospital se defronta intensamente com diversas situações que envolvem sensações e emoções que devem ser trabalhadas de forma delicada auxiliando ao acolhimento da criança no ambiente hospitalar, a literatura infantil promove o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais, onde oportunizarão o seu bem estar possibilitando transformar os momentos de dor em aprendizagem e descontração. Lajolo (2002, p 168) salienta que “A literatura sempre foi e continua sendo uma poderosa linguagem que formata a fantasia e o imaginário das pessoas. Ela cria desejos e cria necessidades. Por isso ela é tão freqüente objeto de censura. ‘Ela faz a cabeça’.”
A ludicidade é a brincadeira em si de forma alegre e divertida onde segundo Vigotsky (citado por Almeida, 1994) a mesma possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas faz de conta como ainda nas que exigem regras. Além do mais as crianças consegue resolver situações complexas ao fazer de conta imitando e recriando a realidade como: sensação de dor, medo, perda, luta com o bom e o mau herói protegendo vitimas inocentes etc, na simples naturalidade do brincar.
As crianças necessitam brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras no ambiente hospitalar é essencial para amenizar o momento de sofrimento que cada criança se encontra, seja na sala de espera, realização de curativo, exames, internamento, entre outros.
Fonseca (2003, p. 8) acredita que esse tipo de atendimento “mesmo que por um tempo mínimo, e que talvez pareça não significar muito para uma criança que atende a escola regular, tem caráter importantíssimo para a criança hospitalizada.”
Como resultado da luta do homem pela sobrevivência, e devido a tantas transformações, a sociedade tem-se desenvolvido em tecnologia de ponta e a solidariedade entre os sujeitos é meramente baseada em interesses (Durkeim, 1895), acentua Chalita (2002) que
Em um mundo onde a violência grassa cada vez mais, onde a agressividade é absolutamente assustadora, a solução não está em mais agressividade, nem em armamentos modernos (...). Em um mundo onde a criança, o jovem, o idoso são desrespeitados, onde a liberdade dá lugar à servidão, onde milhares passam fome e vivem à mercê da caridade dos outros (...). Em um mundo onde se atingiram patamares de excelência na robótica e na ciência, na revolução cibernética e na evolução da informação mais não conseguiu entender o humano, a solução está no afeto. (CHALITA, 2002, p. 260)
Se pararmos para refletir qualquer tipo de relação – relação professor-aluno, relação aluno-aluno ou qualquer outra relação interpessoal – o afeto se faz presente. A afetividade é um termo abrangente que inclui as relações afetivas – sentimento, paixão, emoção – relacionadas e muitas vezes confundidas (Almeida, 1992).
O afeto é o ponto de partida para o desenvolvimento infantil, é por ele que as crianças, no ambiente hospitalar, tendem a demonstrar medo, incertezas, receios, angústias. As crianças já levam consigo experiências próprias que as tornam inteligentes, o pedagogo deve ajudá-las a construir conhecimentos a partir dessas experiências incluindo entre os intentos de sua ação pedagógica, o afeto.
Aquisição de conhecimentos e afetividade caminham juntas, cabe ao educador envolver o afeto em sua prática docente tornando o hospital um espaço aberto para que todos possam se comunicar, se sentir, se tocarem, trocar idéias, demonstrar sentimentos e se perceberem como peças fundamentais para o bom funcionamento de toda a engrenagem que move o destino da humanidade.
Atualmente, a pedagogia hospitalar como processo pedagógico é uma realidade no vasto leque de atuação do pedagogo na sociedade contemporânea. Em muitos casos, funciona em parceria entre hospital e instituição escolar, preservando a continuidade no desenvolvimento da aprendizagem, através de metodologias diferenciadas que respeitem o quadro clínico do paciente, considerando que práticas pedagógicas hospitalares como assessoria ao desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, constituem-se como uma natureza transformadora que busca tornar a vida dessas pessoas mais dinâmicas e prazerosas.
Andrade (2009), ao discorrer sobre a atuação do pedagogo diz que:
A prática do pedagogo na Pedagogia Hospitalar poderá ocorrer em ações inseridas nos projetos e programas nas seguintes modalidades de cunho pedagógico e formativo: nas unidades de internação; na ala de recreação do hospital; para as crianças que necessitarem de estimulação essencial; com classe hospitalar de escolarização para continuidade dos estudos e também no atendimento ambulatorial. A Pedagogia Hospitalar busca modificar situações e atitudes junto ao enfermo, as quais não podem ser confundidas com o atendimento à sua enfermidade. Isso exige cuidado especial no desenvolvimento das atividades.
Partindo dessas considerações, pode-se constatar que todos nós em determinadas situações da vida escolar, passamos por diversos momentos de enfermidades, cujas necessidades requerem caráter especializado da escola e especialmente do professor, onde proporcionará ao aluno meios de acesso ao currículo escolar. Para isso, é preciso que o professor conheça a realidade em que o paciente-aluno se encontra para desenvolver as atividades propostas de acordo com o potencial de cada um.
Segundo Piaget (1993), o indivíduo está constantemente interagindo com o meio em que está inserido e dessa interação resulta uma mudança contínua decorrente dessa constante interação com o meio. Neste sentido, é no processo de construção do conhecimento e na aquisição de saberes que o pedagogo faz com que o aluno doente, seja motivado a desenvolver sua aprendizagem e ao mesmo tempo superar as dificuldades que sentem em assimilar o conhecimento adquirido.
Com base nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001), os serviços de apoio pedagógico especializado envolvem professores com diferentes funções:
· Classes comuns- Serviços que se efetiva por meio do trabalho de equipe, abrangendo professores das classes comuns e da educação especial, para o atendimento as necessidades educacionais especiais dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem.
· Salas de recursos- Serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado. Realizam-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados as necessidades educacionais dos alunos.
· Itinerência- Serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por professores especializados que fazem visitas periódicas as escolas que trabalham com os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino.
· Professores intérpretes- São profissionais especializados para apoiar os alunos surdo-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos de comunicação e sinalização.
· Classe hospitalar- Serviço destinado a prover, mediante atendimento especializado, a educação escolar a alunos impossibilitados de freqüentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar ou atendimento ambulatorial.
· Ambiente hospitalar- Serviço destinado a viabilizar, mediante atendimento especializado, a educação escolar de alunos que estejam impossibilitados de freqüentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique permanência prolongada em domicílio.
Assim, o objetivo do atendimento pedagógico hospitalar, como consta no art. 13° s Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001), é estimular a aquisição de novas competências e habilidades contribuindo assim, para “a continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem dos alunos matriculados em escolas de Educação Básica, contribuindo para seu retorno ao grupo escolar, além de desenvolver currículo flexibilizado com crianças, ainda não matriculadas no sistema educacional local”, facilitando o posterior acesso do indivíduo hospitalizado a escola.
Para atuar no atendimento pedagógico hospitalar o professor deverá ter a formação pedagógica, preferencialmente em Educação Especial ou em curso de Pedagogia, uma vez que essa prática possibilita ao pedagogo enriquecer sua competência profissional e seu comprometimento no âmbito político pedagógico. Seu trabalho é muito importante, pois atende as necessidades psicológicas, sociais e pedagógicas da criança, entretanto, essa prática requer mais do que uma qualificação profissional, é preciso ter sensibilidade, compreensão, força de vontade, criatividade, persistência e muita paciência para atender a esse público especial.